quarta-feira, 16 de março de 2016

Confira dicas para se destacar nas seleções para vagas de emprego.

As empresas estão mais exigentes na hora de contratar. Saber se comunicar e procurar qualificação são essenciais. As empresas estão mais exigentes na hora de contratar e a Sala de Emprego desta segunda-feira (29) vai dar dicas para quem está desempregado não desanimar tão fácil. É que bate um desânimo toda vez que um trabalhador ouve um não, entrega um currículo e nada acontece, é chamado para uma entrevista e não sabe qual o resultado. Eles têm idades muito diferentes: Nikson tem 18 anos, Vlaudemir tem 43, Inácio tem 55, Tais tem 19, Milça tem 48 e Jaqueline tem 32. Mas todos enfrentam a mesma dificuldade. “Vou fazer sete meses desempregado. Eu já trabalhei em vários serviços, em vários setores. Agora, eu fiz até curso de portaria e não consegui”, relata Vlaudemir do Nascimento, estoquista. Nikson Charan, assistente de produção, também procura emprego: “Faz quatro meses que estou procurando”. “Quero carteira assinada, pra ter mais benefício. Em bico você não tem isso, você trabalha um dia quando aparece, quando alguém chama”, diz Milça Lina de Souza, assistente de limpeza. Todos os dias, duas mil pessoas procuram emprego nos postos de atendimento ao trabalhador em São Paulo, mas a conta não fecha. Em janeiro, foram oferecidas 2,5 mil vagas. “A gente tem uma demanda muito alta, mas infelizmente, devido essa crise, não estamos atingindo o número de oferta compatível para ter o equilíbrio”, explica Sidnei Silva, diretor regional da Secretaria do Emprego e do Trabalho de São Paulo. Ainda segundo Sidnei, como há mais gente atrás de vagas, as empresas estão escolhendo mais. “As empresas estão exigindo experiência na carteira e eu não tenho. Não adianta dar só o telefone, tem que ter na carteira”, diz a auxiliar de limpeza Jaqueline Silva Toledo. “Elas não dão a credibilidade para uma pessoa jovem entrar na empresa e fazer a diferença. Ainda mais com essa crise”, opina Taís Barros, assistente de negócios. “Eles pedem muita coisa que pela idade que eu tenho não tem como cumprir. Eu tenho currículo pequeno pela minha idade”, completa Nikson. O que os trabalhadores chamam de dificuldade, os pesquisadores traduzem em números. “A partir dos dados que o IBGE divulga, a gente usou a média de tempo que cada trabalhador desempregado estava à procura de emprego. A gente observou que em dezembro de 2014, essa média que era de 6,8 meses aumentou para 8 meses em dezembro de 2015”, explica Marcela Kawauti, economista chefe do SPC. O metalúrgico Inácio Alves Silva foi demitido há seis meses e nesse tempo nunca parou de procurar: “Já entreguei mais de 100 currículos. Toda semana eu tô aqui, duas, três vezes. Esperança é útil pra gente. Tô batalhando pra ver se consigo logo, mas se não conseguir fazer o que né?”. Seleção Em Porto Alegre, em média, dez mil pessoas procuram o Sistema Nacional de Emprego (Sine) todos os meses em busca de vagas. Depois de passar pelo recrutamento no guichê, o candidato já pode, ali mesmo, participar do processo seletivo. “As empresas vêm para dentro do Sine, temos salas que oportunizam, algumas recebem até 30 candidatos ao mesmo tempo. Já é feito pré-seleção, entrevista, recrutamento, muitos deles já saem daqui empregados”, explica Luiza Neves, secretária municipal de Trabalho e Emprego. Mas, muitas vezes, é preciso ter paciência. A analista de recursos humanos, Alessandra Gonzaga, explica que alguns processos de seleção estão mais demorados e, dependendo da função, podem levar de uma semana a quatro meses: “Eu acredito que hoje em dia os processos seletivos se tornaram mais complexos pela demanda de profissionais, então temos muito mais candidatos para uma mesma vaga e também pela dificuldade que se tem de fazer uma seleção apenas pelo currículo. Então, acaba sendo necessário eu trazer as pessoas pra dinâmicas, pra entrevistas, pra algum tipo de interação interpessoal pra eu ter uma ideia de como ela vai ser no local de trabalho”. “Nessa hora, saber se comunicar faz toda a diferença. Eu preciso que essa pessoa não apenas me traga o seu currículo ou as suas habilidades técnicas, mas que ela me mostre que ela tem condições de interagir nesse espaço de trabalho, com essas características específicas e com a função específica que ela vai desempenhar. Por isso, é tão importante na entrevista você se comunicar bem”, orienta a analista. Se as empresas buscam cada vez mais profissionais que saibam se comunicar, quem está à procura de emprego precisa se qualificar. Uma boa alternativa são os cursos de dicção e oratória. Confira dicas importantes para participar de um processo seletivo: - Cuide de sua saúde, durma bem e se apresente tranquilo na entrevista; - Saiba vender o seu peixe. Tenha na ponta da língua o que escreveu no seu currículo e saiba falar sobre suas experiências; - Cuidado com o seu perfil nas redes sociais. O entrevistador pode dar uma pesquisada para saber mais sobre você. Pense bem na imagem que quer passar; - Conheça a empresa onde deseja trabalhar. Se informe sobre o setor de atividades para se sentir mais confiante na hora da conversa; - Seja simples, honesto e não tente parecer outra pessoa. Os entrevistadores costumam ter "detector de mentirosos". Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/02/confira-dicas-para-se-destacar-nas-selecoes-para-vagas-de-emprego.html